quarta-feira, 15 de maio de 2013

Nosso contato


Para conversar conosco estamos a disposição pelo email: camponesacamponessergipe@gmail.com





Integrantes


Edmar Ramos de SiqueiraPossui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (1975), mestrado em Ciência Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (1978) e doutorado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (1988). Atualmente é pesquisador A da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa. Tem experiência na área de Sistemas Agroflorestais Sucessionais, numa abordagem de desenvolvimento territorial sustentável. Atuando principalmente nos seguintes temas: mata atlântica, sistemas agroflorestais, sistemas agroflorestais sucessional e desenvolvimento territorial sustentável.

Marília Fontes Andrade: Engenheira Florestal, graduada pela Universidade federal de Viçosa (2007), com mestrado em Agroecossistemas, pela Universidade Federal de Sergipe (2012). Trabalha com extensão rural em áreas de reforma agrária, com agroecologia, sistemas agroflorestais, soberania alimentar e territórios de identidade rural. É assessora do Território Sul Sergipano, onde compoe a equipe de pesquisadores do projeto liderado pela Embrapa Tabuleiros Costeiros: "Construção do conhecimento agroecológico em territórios de identidade rural por meio de intercâmbios em rede social"

Jorge Henrique Montalván Rabanal: Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Sergipe (2006) e especialização em Agroecologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2009). Atuando principalmente nos seguintes temas: Manejo Comunitário da Agrobiodiversidade, Sementes Crioulas, Assentamentos Rurais, Questão Agrária, Reforma Agrária

Pedro Zucon Ramos Siqueira: Mestrando do PRODEMA/UFS em Meio e Desenvolvimento com foco em agroecologia e agricultura familiar. Trabalhou com agricultura orgânica durante dois anos na Fazenda Luiziania em Minas Gerais.

Karoline Coelho Ferreira: Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Sergipe(UFS), e é mestranda em Antropologia pela mesma instituição. Estagiário Voluntário da Embrapa - Tabuleiros Costeiros. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia Rural.

Reuel Machado Leite: Estagiário da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Tabuleiros Costeiros (EMBRAPA-CPATC); Graduando em Licenciatura em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe, atuou como pesquisador bolsista (PIBIC/CNPq e PIBIC/COPES-UFS) no Laboratório de Estudos Rurais e Urbanos (LABERUR/UFS), no período de 01/08/2009 à 01/02/2012, sob orientação do professor doutor Eraldo da Silva Ramos Filho do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos em Reforma Agrária (NERA) da Unesp. Atuando principalmente com os seguintes temas: questão agrária, reforma agrária, políticas fundiárias neoliberais, território, desenvolvimento socioterritorial. Concluiu o ensino médio no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe.

Fernanda Amorim Souza: Graduada em Licenciatura História pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), e mestranda em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). É funcionaria da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Tabuleiros Costeiros (EMBRAPA-CPATC). Tem experiência em educação e organização comunitária.

Eraldo da Silva Ramos Filho:  Skatista legend, concluiu licenciatura (1997) e mestrado em Geografia (2002) na Universidade Federal de Sergipe, doutorado em Geografia (2008) na Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita" - Campus de Presidente Prudente, pós-doutorado na Universidade Federal de Uberlândia (2010) e na Universidad de La Habana (2011). Atualmente é professor dos cursos de pós-graduação e gradução em Geografia da Universidade Federal de Sergipe, Campus de São Cristóvão onde coordena o Laboratório de Estudos Rurais e Urbanos (LABERUR). Pesquisador do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária (NERA), do Núcleo de Estudos Agrários e Territoriais (NEAT), do Relação Sociedade-Natureza e Produção do Espaço Geográfico (PROGEO), do Conselho Latino Americano de Ciênicas Sociais (CLACSO), da Fundação de Apoio à Pesquisa e Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (FAPITEC). Parecerista dos periódicos Revista NERA, Revista Campo-Território, Revista Ateliê Geográfico e Geonordeste. Sócio da Associação de Geógrafos Brasileiros (AGB). Foi bolsista Sênior do Conselho Latino Americano de Ciências Sociais (CLACSO), Programa de Estudos sobre Pobreza (2009 - 2010). Realizou da cooperação científica internacional entre a Universidad de La Habana e a UFS, UNESP, UNIOESTE e UFU (2007-2011) financiada por CAPES e MES-Cuba. Realizou estágio de doutorado (2007) e pós-doutorado (2011) na Faculdade de Geografia da Universidade de Havana. Participou da coordenação político pedagógica do Curso Especial de Graduação em Geografia na FCT/UNESP-INCRA. Publicou artigos em periódicos científicos nacionais e internacionais sobre as políticas agrárias no Brasil e Cuba. Tem experiência na área de Geografia Humana com ênfase em Geografia Agrária, atuando principalmente nos seguintes temas: questão agrária, reforma agrária, políticas fundiárias neoliberais, território, desenvolvimento socioterritorial, ensino de geografia.



terça-feira, 14 de maio de 2013

O Blog

Este Blog é dedicado aos camponeses e extensionistas do Projeto: Construção do Conhecimento Agroecológico em Territórios de Identidade Rural Por Meio de Intercâmbios em Redes Sociais. E se destina à publicar periodicamente os boletins com as historias de vida dos camponeses inseridos nos intercâmbios e seu trabalho com a terra, enfocando também, demandas e soluções a respeito de possíveis limitações que estes tenham. Os boletins estão organizados por cada rede de Intercâmbio, no ícone Boletins por Rede.

Estes intercâmbios são espaços interativos entre camponeses e extensionistas, que visam construir o conhecimento agroecológico. Eles acontecem nos assentamentos de reforma agraria do território sul sergipano que integram nossa rede. Os intercâmbios tem por metodologia: uma rodada de conversa onde um camponês, que se voluntariou previamente, nos fala de sua experiência de vida e com a terra; a partir disso é desencadeado um diálogo onde saberes, demandas e soluções são partilhados pelos camponeses; após isso o camponês anfitrião nos guia até sua roça onde o aprendizado continua; por fim avaliamos a visita e somos agraciados com um lanche.

Este projeto é uma iniciativa:  da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Tabuleiros Costeiros (EMPRAPA-CPATC); do Laboratório de Estudos Rurais e Urbanos (LABERUR) da Universidade Federal de Sergipe  (UFS); do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST); e dos assentados da reforma agrária do território da cidadania sul sergipano. 

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Camponês a Camponês


Há algum tempo, experimentos, estudos e projetos agroecológicos têm se apresentado no estado de Sergipe, tendo por resultado trabalhos científicos, núcleos de estudo, pesquisa e redes sociais. Como também a troca do modelo produtivo por parte de alguns agricultores familiares, repletos de experiências inventivas que satisfazem as necessidades de produção, ambientais e sociais. 

Essas experiências exitosas precisam crescer, se desenvolver e se multiplicar, de forma embasada e consistente. Vários são os esforços nesse sentido, ou seja, na tentativa de socializar e disseminar estilos produtivos de base ecológica que restabelecem uma relação harmoniosa entre a agricultura e o meio ambiente, e redesenhem os agroecossistemas por meio dos princípios agroecológicos.

Acredita-se na formação de redes como forma ideal de compartilhar essas experiências, que têm como metodologia a integração de pesquisadores, extensionistas e agricultores num esforço de pensar e praticar o método de socialização e adoção dos princípios agroecológicos, substituindo a convencional transferência de tecnologia.

A estratégia da construção do conhecimento agroecológico em redes, por ser um processo relativamente novo, e de fundamental importância para a transição agroecológica, requer, ainda, estudos e reflexões para elucidar esse método.

A reflexão do seu processo pode proporcionar novas metodologias de ação para extensionistas e pesquisadores, assim como, novas ferramentas que facilitem o empoderamento dos agricultores na construção da agroecologia.

Para tal, torna-se necessário fazer com que o conhecimento construído nas redes e em menor escala, nas experiências locais dos agricultores tornem-se mais visíveis, e até mesmo, evite a sua diluição ao longo do tempo. A sistematização das experiências é, portanto, ferramenta fundamental nesse processo, que além de possibilitar um acervo de técnicas e reflexões teóricas, garante a valorização desse conhecimento para ser disseminado em diferentes regiões, contribuindo com a ampla socialização das experiências em agroecologia construídas localmente, e ainda hoje, retidas em pequenas ilhas de desenvolvimento agroecológico.

A política de desenvolvimento territorial, em Sergipe, possibilitou no território da cidadania Sul Sergipano a formação da rede social de aprendizado, formada por extensionistas, pesquisadores(as) e quinze pequenos agricultores(as) de comunidades e assentamentos pertencentes ao território. Nessa rede se organizam, constroem agricultura de base ecológica e buscam formas de difundir a prática agroecológica e de incorporar seus princípios. O Território Sul Sergipano, que tem sua identidade na cadeia produtiva da citricultura está localizado no bioma Mata Atlântica do Nordeste do Brasil e é um dos quatro territórios rurais de Sergipe sendo formado pelos municípios de Arauá; Boquim; Cristinápolis; Estância; Indiaroba; Itabaianinha; Itaporanga; Lagarto; Pedrinhas; Salgado e Santa Luzia.

Acredita-se que por meio dessa rede a construção do conhecimento agroecológico poderá ser potencializada ao fomentar a sistematização/reflexão das experiências dos agricultores e ao introduzir a metodologia “campesino a campesino”. Esta se baseia na transformação dos agricultores em técnicos extensionistas/pesquisadores que, em linguagem consoante aquela dos que fazem a visita, e tendo vivido a migração do sistema produtivo convencional para um estilo baseado em princípios agroecológicos, convencem pelo seu exemplo e pelo seu amor à terra.

Os intercâmbios apresentam-se como importantes ferramentas na construção do conhecimento agroecológico, visto que, congregam em um mesmo ambiente, sujeitos sociais dispostos a discutir, propor e desenvolver processos de inovações agroecológicas. A junção de agricultores, extensionistas e pesquisadores, fortalece o processo de troca de experiência entre o conhecimento acadêmico e o conhecimento científico, pautado no objetivo comum de construir novos rumos para o desenvolvimento rural.

Partindo da concepção que os intercâmbios agroecológicos são estratégias de troca de conhecimento que tornam os agricultores sujeitos do seu próprio desenvolvimento, através de processos participativos, coletivos e integradores, fomenta-se uma demanda de aprofundar esse método de forma a entender quais aspectos fazem avançar na construção do conhecimento agroecológico e qual o papel dos extensionistas e pesquisadores nesse processo.

Espera-se com este projeto, contribuir com o processo de sistematização de experiências locais, possibilitando a socialização de tais experiências, refletir sobre as estratégias de construção do conhecimento em redes fazendo uso dos intercâmbios agroecológicos e auxiliar nas metodologias que fomentem a ação dos extensionistas e pesquisadores na construção do processo de transição agroecológica com os sujeitos locais.

COOPERAÇÃO AGRÍCOLA: A EXPERIÊNCIA DE EDVÂNIA. MARIA, HELENA E WALMIR



APRENDIZADO E RESISTÊNCIA: A EXPERIÊNCIA DE AGUINALDO